NILÓPOLIS - A dupla queridinha do prato dos brasileiros, o arroz e feijão está mais barata. O Procon Estadual do Rio de Janeiro realizou um levantamento de preços do arroz e do feijão, itens básicos da alimentação dos consumidores fluminenses. A pesquisa compara os valores de novembro de 2021 com os de julho e agosto de 2022 – antes e depois da isenção do ICMS pelo governador Cláudio Castro – e demonstra que houve queda geral no preço dos dois produtos de 4% em todo o estado para a maioria das marcas de arroz e feijão.
A pesquisa foi realizada para verificar o impacto da Lei Estadual 9391/21, que concedeu a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações internas com arroz e feijão, e passou a valer no primeiro dia de novembro do ano passado. Desde então, agentes do Procon-RJ monitoram os preços desses itens em 34 estabelecimentos em dez municípios: Rio de Janeiro, Barra do Piraí, Macaé, Mangaratiba, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Niterói, Nova Iguaçu, Nilópolis e Nova Friburgo.
Em Barra do Piraí, o consumidor encontra redução de preço de 2% a 11% em dois mercados, entre as cinco marcas de arroz pesquisadas, enquanto o preço do feijão reduziu de 6% a 23% nas quatro marcas pesquisadas. A média de redução de preço nos mercados pesquisados da região ficou em menos 6%.
Vale ressaltar que o preço é formado por variantes como quantidade em estoque, momento em que a pesquisa foi realizada, validade dos produtos, ofertas de determinados supermercados, entre outros fatores econômicos. O Procon-RJ destaca ainda que nem todos os itens foram encontrados em todos os estabelecimentos verificados, e que o levantamento é um retrato da ocasião em que foi realizado o estudo. Os agentes da autarquia continuarão acompanhando o resultado da isenção do ICMS sobre esses produtos.
A gerente de um supermercado Maria Reis, cita que a baixa dos preços está provocando aumento de compras no estabelecimento. “Já percebemos que as pessoas estão comprando mais. Há poucos dias a gente notava que compravam apenas o básico, claro, não tem ninguém esbanjando, mas já notamos a compra de itens diferentes do básico”, cita.
A dona de casa Elizabeth Furtado cita que também já começou a perceber a mudança nos preços. “Devagar, pouca diferença, mas já dá pra perceber uma leve queda nos alimentos básicos, espero que continue assim, passamos por momentos de muita dificuldade com a alta de tudo”, cita.
IGP-10 registra deflação
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou deflação, queda de preços, de 0,69% em agosto deste ano. No mês anterior, a inflação medida pelo indicador foi de 0,60%. Em agosto do ano passado, a alta de preços havia sido de 1,18%.
Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-10 acumula taxa de inflação de 8,43% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 8,82%, abaixo dos 32,84% acumulados em agosto de 2021. Tanto os preços do atacado quanto os do varejo tiveram deflação em agosto. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, teve deflação de 0,65% no mês, ante inflação de 0,57% em julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, passou de uma inflação de 0,42% em julho para deflação de 1,56% em agosto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também teve queda na taxa de julho para agosto, mas ainda continuou registrando inflação. A taxa caiu de 1,26% em julho para 0,74% em agosto.
Via: Voz da Cidade
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