'Esses policiais que fizeram essa atrocidade com a minha família, que acabaram com a minha família, que eles venham a ser presos', pediu Sônia Bonfim. Samuel tinha sonho de ser PM e estudava em uma escola cívico-militar.
NILÓPOLIS - Minutos antes dar o último adeus e enterrar os corpo do filho Samuel Vicente, de 17 anos, e do marido, Willian Vasconcellos da Silva, mortos em uma operação da Polícia Militar em Anchieta, na Zona Norte do Rio, Sônia Bonfim Vicente desabafou e disse que espera punição aos policiais que efetuaram os disparos.
"Não sei nem o que vai ser daqui pra frente. Eu só quero que a justiça seja feita. Esses policiais que fizeram essa atrocidade com a minha família, que acabaram com a minha família, que eles venham a ser presos", afirmou Sônia.
Os corpos foram sepultados pouco depois do meio-dia desta terça-feira (28) no cemitério de Olinda, em Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Familiares e amigos fizeram um ato em frente ao cemitério e usaram camisas em homenagem a Willian e Samuel, além de balões brancos.
Amigos e familiares no enterro dos corpos do adolescente Samuel Vicente e de Willian Vasconcellos da Silva
Foto: Henrique Coelho / g1
De acordo com Sônia, quando esteve no hospital para visitar a namorada de Samuel, que também foi baleada na ação, teria ouvido um policial dizer que 'abateu' seu marido e filho.
"Já tinha um policial no local, de mascara, sem identificação. Ele falou: 'Não vou falar porque fui eu que abati eles'," relatou Sônia, que reclamou ainda que os documentos e outros pertences dos dois não foram devolvidos até esta terça-feira.
Sonho de ser PM
Sônia falou sobre o filho, que estudava em uma escola cívico-militar, sonhava em ser policial militar. O caso está sendo investigado pela 31a DP (Ricardo de Albuquerque).
"O sonho dele era usar farda. Só que foi interrompido o sonho dele. Enquanto ele não realizava o sonho dele, ele dançava muito, ele gostava muito de dançar. Tinha o canal no YouTube, jogava os videozinhos dele", relatou a mãe.
Amigo de Samuel e Willian com camisa em homenagem pouco antes do enterro
Foto: Henrique Coelho /g1
Segundo Oseas, primo de Samuel, ele queria ser Policial Militar, mas antes já tinha se alistado para servir ao Exército e se apresentaria no dia 8 de outubro.
"Meu primo tinha sonho de ser policial e fazer a diferença porque tem muitos policial corrupto que comete esse tipo de coisa que cometeram com ele, e ele queria fazer a diferença, mas antes iria passar pelas forças armadas", explicou Oseas.
Via: G1
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