Sirley Alves Teixeira foi condenado, em 2003, a 59 anos de prisão pela morte de 21 pessoas na comunidade
NILÓPOLIS - O ex-policial militar Sirley Alves Teixeira, um dos acusados de ter participado da chacina de Vigário Geral, foi executado na porta de casa, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, na noite do último sábado. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Sirley foi encontrado por vizinhos caído na escada que dá acesso à sua casa, na Estrada Mirandela, no Centro de Nilópolis. Alguns moradores chegaram a relatar aos PMs do 20º BPM (Mesquita) que acreditaram que a vitima tinha sofrido uma queda na escada e acionaram o SAMU. No entanto, com a chegada do socorro, foi constatado que o ex-policial tinha sido baleado.
O ex-policial cumpria pena em regime semiaberto. Ele tinha autorização para trabalhar fora do presídio e também para visitar a família. Por causa da pandemia do novo coronavírus, Sirley estava em prisão domiciliar desde o ano passado.
De acordo com informações do processo da Vara de Execuções Penais do Rio, Sirley trabalhava como entregador de um pet shop em Nilópolis desde janeiro deste ano.
Sirley foi um dos policiais militares condenados pela chacina em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio, ocorrida em 1993. Em 2003, ele foi condenado a 59 anos e seis de prisão por 21 mortes e quatro tentativas de homicídio de moradores da comunidade.
Na noite de 29 de agosto de 1993, policiais militares assassinaram 21 pessoas na favela de Vigário Geral, Zona Norte do Rio. Os PMs pretendiam vingar a morte de quatro policiais por traficantes da comunidade. Além dos moradores mortos, quatro foram baleados, mas sobreviveram. No dia do crime, o Brasil havia vencido a Bolívia por 6 a 0 pelas eliminatórias da Copa do Mundo.
O ex-policial respondeu a outros processos e possuía condenação total de 105 anos, oito meses e 24 dias de prisão por crimes como extorsão mediante sequestro, roubo e homicídio. No total, ele já tinha cumprido cerca de 24 anos e oito meses de pena.
Via: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário