Em um discurso feito na sessão em que foi eleito, Rodrigo Pacheco defendeu uma conciliação entre o teto de gastos e medidas de assistência social
POLITÍCA - O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito nesta segunda-feira com 57 dos 78 votos, é favorável à manutenção do auxílio emergencial durante a pandemia da covid-19.
Em um discurso feito na sessão em que foi eleito, Pacheco defendeu uma conciliação entre o teto de gastos e medidas de assistência social.
"Temos uma obrigação de reconhecer um estado de necessidade no Brasil que faz com que milhares de vulneráveis precisem do atendimento do Estado de modo que nos primeiros instantes, caso vossas excelências me outorguem o mandato de presidente, nós vamos inaugurar um diálogo pleno, efetivo e de resultados, porque isso é para ontem, para que se possa conciliar o teto de gastos públicos com assistência social", disse.
Novo comando no Senado
Pacheco foi apoiado pelo agora ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também de dez partidos. Ele chega ao cargo defendendo a agenda de reformas do governo, mas com a pandemia de covid-19 travando a pauta. De acordo com parlamentares ouvidos pelo Broadcast Político, dificilmente algum projeto fora do tema da crise avançará enquanto o novo coronavírus avançar no País.
Como presidente do Senado, o senador do DEM será responsável por convocar a votação do Orçamento de 2021, que ainda está parada no Congresso. A proposta é decisiva para o governo do presidente Jair Bolsonaro, pois define o tamanho da verba de cada ministério, e também para os congressistas, pois estabelece o destino das emendas parlamentares. O Centrão da Câmara pressiona pela instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para discutir o projeto.
Uma vitória de Pacheco, de acordo com técnicos e integrantes do Congresso, traz tranquilidade para o presidente Bolsonaro na análise do Orçamento. Um grupo adversário controlando essa pauta poderia pressionar o Executivo com projetos que aumentem gastos. O parlamentar demonstrou que não pretende entrar em colisão com o Executivo na administração das contas públicas e no destino do teto de gastos.
Via: O Dia
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