sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Churrasco econômico: veja como substituir as carnes e os acompanhamentos


RIO - Os tradicionais churrascos de fim de ano vão perder espaço em 2020. De um lado, a pandemia do novo coronavírus exige que as pessoas evitem aglomerações e eventos de confraternização. De outro, o preço das carnes tem pesado no orçamento das famílias, com alta de 24,3% nos últimos 12 meses, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV. Mas nem tudo está perdido: para as famílias que quiserem fazer o churrasco entre os moradores da casa, existem formas de gastar menos, substituindo carnes e acompanhamentos.

— Os cortes tradicionais de carne bovina para churrasco são a picanha, maminha, fraldinha, entre outros mais nobres, como bife de ancho, bife de chorizo etc. As boas opções podem ser a alcatra e o contrafilé, que possuem custos menores. Além da carne bovina, as opções para um bom churrasco que agrada a muitos são os cortes de frango, como asa, drumetes, coxas e coração, além de linguiças de vários tipos. A opção vegetariana, de legumes grelhados, além de minimizar os custos, é mais saudável — explica Marco Quintarelli, consultor de Varejo.

Entre as carnes, as que mais registraram aumento foram as carnes suínas, que subiram 31% nos últimos 12 meses, segundo o IPC. O carré teve alta de 35%, enquanto o lombo ficou cerca de 18% mais caro.

Já a carne bovina subiu 24,3%, sendo que as maiores altas foram entre as carnes "de segunda":

— Existe mais espaço para exportação de carnes com maior teor de gordura, que no Brasil são vistas como carnes menos nobres. Todos os cortes de bovinos têm o seu valor e são próprios para tipos diferentes de prato. E, por incrível que pareça, o acém subiu 33%, a costela subiu 36%, o fígado subiu 66%. A carne que a gente chama de primeira subiu bem menos. A alcatra subiu 15%, picanha subiu 8,9%, contra filé subiu 14,9%. De qualquer maneira, as altas vencem fácil a inflação acumulada pelo IPC, que está em 4,7% nos 12 meses até dezembro — explicou André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.

Os acompanhamentos do churrasco também registraram altas significativas. O arroz, por exemplo, ficou 68,7% mais caro, enquanto a batata, usada na salada de maionese, subiu 49,9%. No molho à campanha, o preço do tomate subiu 64,7%, enquanto o pimentão teve alta de 15%.

A farofa também ficou mais cara, com o preço da farinha de mandioca subindo 9,7% nos últimos 12 meses.

— Acompanhamentos que ajudam a baratear o churrasco são o pão de alho e as saladas, de maneira geral — afirma Quintarelli.

Os especialistas recomendam também que o consumidor busque promoções nos supermercados, aproveitando campanhas como os dias da carne, que costumam ter preços mais baixos e mais opções de cortes.

Essa vai ser a estratégia de Thaissa Wenky, integrante do time de "caçadores de ofertas" do "Qual oferta" — plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.

— Estou pensando em fazer um pequeno churrasco no Ano Novo, mas estou esperando para ver se o preço da carne baixa ou se tem algum promoção. Caso isso não aconteça, estou pensando em comprar menos carne bovina e completar com outras opções, como carne de porco e frango — disse ela, que também pretende substituir o arroz por diversos tipos de salada, como mix de folhas e salpicão, além do molho à campanha e farofa.

Via: Jornal Extra

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