NILÓPOLIS - O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL) e outros dois ex-integrantes do governo estadual são alvo de operação que cumpre mandados de busca e apreensão por supostas fraudes em licitação na área da saúde. A operação foi autorizada pelo STJ a pedido do MPF. As medidas cautelares são cumpridas pelo MPF em conjunto com a PF nesta quarta-feira (30).
O objetivo da operação é localizar provas para inquérito que apura fraudes na compra de respiradores para enfrentamento da pandemia no estado. O contrato, sem licitação, sob suspeita movimentou R$ 33 milhões. Os investigadores buscam provas da relação entre Carlos Moisés, sua equipe e empresários que venderam 200 respiradores para Santa Catarina. Investigações revelaram indícios de participação do governador na contratação da empresa Veigamed.
Ao STJ, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo afirma que as buscas são necessárias para aprofundar as investigações e para verificar se a ordem de pagamento antecipado partiu do governador.
Santa Catarina comprou os respiradores no dia 26 de março. Cada aparelho custou R$ 165 mil, valor pelo menos 65% mais caro do que os adquiridos pela União durante a pandemia.
Sem licitação, a proposta escolhida foi da Veigamed, com sede no Rio de Janeiro (RJ). No site da empresa, os respiradores não fazem parte da lista de produtos. No entanto, de acordo com a proposta, o modelo oferecido é o medical c35.
Ao pesquisar o CNPJ da companhia, segundo dados do governo catarinense, a empresa se localiza na Rua Antônio Felix, nº 679, em uma “casa simples” no município de Nilópolis, diferente do prédio que aparece no site da Veigamed. O jornal The Intercept Brasil ligou no telefone presente no cadastro da Receita Federal e foi informado que o local correspondia a uma “casa de massagem”, ou seja, um ‘puteiro’.
Via: Gazeta Brasil
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