sexta-feira, 22 de maio de 2020

Pacientes esperam até seis horas por atendimento em Hospital em Nilópolis e UPA de Cabuís que não funciona


NILÓPOLIS - Na sala de espera do Hospital Juscelino kubitschek, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, é preciso muita paciência e persistência para conseguir atendimento. Meire de Campos, de 46 anos, aguardou um pouco mais de 6 horas para que o tio dela, Silvio Roberto, de 72 anos, fosse atendido. Enquanto na unidade, que fica no Centro, há uma longa espera, a estrutura onde funcionava a UPA de Cabuís permanece fechada desde 2016.

"Cheguei ao hospital às 9h da manhã com meu tio sentindo dores abdominais e vomitando. Ele tem 72 anos, é prioridade e além disso faz parte do grupo de risco do coronavírus. Tanto tempo aguardando atendimento deixa ele mais exposto. E o pior é que ninguém explica a demora para o atendimento. Isso é um absurdo, é revoltante. A Saúde em Nilópolis está precária, estamos largados", reclama Meire.

Outro morador da região, que não quis se identificar, reclamou da situação. "É uma humilhação. A gente chega procurando atendimento, passando mal e ficamos horas esperando. É uma falta de respeito".

ENTRAVES

As obras começaram em 2014 e a situação do hospital vem se arrastando. Reinaugurado em 2016, sem ser concluído, permanece inacabado até hoje e tem funcionado como Unidade de Pronto Atendimento 24h, transferida do bairro Cabuís, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, que está fechada desde então.

Ao que tudo indica, as obras devem ser retomadas, já que a prefeitura publicou edital convocando empresas até o dia 18 de junho para apresentarem propostas.

UPA CABUÍS

Fechada para reformas desde 2016, até hoje nada foi feito na UPA de Cabuís. O local está abandonado e moradores da localidade reclamam da falta de uma unidade de saúde no bairro. "A gente tem que ir até outros bairros quando a UPA daqui (Cabuís) podia estar funcionando. Enquanto isso, as outras unidades de saúde ficam cheias. Todo ano prometem que vão fazer obra e reabrir, principalmente perto das eleições, mas até agora nada foi feito", relata Jaime Teixeira de Oliveira, 54.

A prefeitura e a secretaria estadual de Saúde não responderam sobre problemas no hospital e fechamento da UPA até o fechamento da edição.

Via: O Dia

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