NILÓPOLIS - Grupo foi preso, liberado e depois preso de novo pelo mesmo crime. Delegado afirma que grupos de clonagem de cartões são investigados há pelo menos um ano.
Um trio de cambistas foi preso duas vezes em menos de um dia, suspeitos de vender cartões clonados na estação da Supervia em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na terça-feira (28). Agentes do setor de Inteligência da Supervia e da 57ª DP (Nilópolis) realizaram as prisões.
Segundo a polícia, três homens foram presos no início da manhã de terça. Eles foram levados para a delegacia e autuados por estelionato e associação criminosa, e liberados em seguida. Porém, 12 horas depois, estavam no mesmo local, para tentar cometer o mesmo crime.
O delegado André Neves, titular da 57ª DP, informou que eles não ficaram presos porque não houve flagrante. O grupo, no entanto, já vem sendo investigado há mais de um ano.
"Na verdade, há uma organização criminosa por trás disso. A Polícia Civil já realizou uma série de ações. Não só a Delegacia de Nilópolis, mas delegacias da capital já realizaram. Há uma hierarquia, uma divisão de lucros. Há, em locais onde há atuação de tráfico, cobrança de pedágio do tráfico. Há locais onde a milícia atua que também cobra para que eles possam atuar lá”, explicou o delegado.
Na segunda-feira (27), policiais da 12ª DP (Copacabana) prenderam 11 pessoas, sendo seis da mesma família da Baixada Fluminense, por clonagem e venda de passagens com cartões falsos. Vários cartões e dinheiro foram apreendidos.
Como funciona o crime
Um vídeo adquirido pela polícia mostra como o crime é realizado muito rapidamente: em menos de um minuto, com o aplicativo do celular, os fraudadores recarregam os cartões, com créditos falsos. Com os presos na estação de Nova Iguaçu foi encontrado um celular com o aplicativo, pelo qual os golpes eram feitos.
Especialista em tecnologia e segurança, João Ferreira explicou como agem os criminosos. Ele alertou que o cidadão comum não está ciente desse tipo de risco.
"O que eles fazem atualmente é usar uma cópia do cartão original, e essa cópia é passada para novos cartões também originais, e com novos créditos que não foram comprados licitamente, são vendidos no mercado como se pode observar”, disse João.
Informações podem ser repassadas de forma anônima pelo Whatsapp ou Telegram do Portal dos Procurados, no telefone (21) 98849-6099; pela Central de Atendimento, no (21) 2253-1177; através do Facebook; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.
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